Arte...
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Se a moda pega, os serviços camarários podem ter a brilhante ideia de iniciar ciclos de exposições, dentro do género, nos canis municipais.
Ou então começamos a ver este tipo de "arte" também na rua Augusta.
A arte da loucura e da crueldade, com requintes de malvadez.
A hipocrisia, argumento com o qual o costa-riquenho se justificou para ter tido semelhante acto, é uma argumentação duplamente hipócrita:
O intuito era cativar a atenção do público para a sua figura, neste caso à custa da morte de um animal vergonhosamente indefeso.
Se a mensagem que Vargas queria passar era a da hipocrisia humana, devia tê-lo feito à sua custa, sem comer e sem beber, morrendo pela sua "arte".
Deixo à vossa consideração.
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5 piezas de Habacuc («-- clique)
Video SIC Notícias (<-- clique)
"Guillermo Habacuc Vargas expôs numa galeria de arte em Manágua um cão vadio que foi buscar a um bairro da lata.
Sem água e sem alimentos, o cão morreu, na exposição, à vista de toda a gente. Maria do Céu Sampaio, presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal está indignada. Afirma que "isto não é arte, mas é única e simplesmente tortura num animal que não se pode defender".
O cão morreu de fome à vista da frase "tu és aquilo que lês"... escrita com biscoitos para cão na parede da galeria de arte.
Isabel Carlos, curadora de exposições de arte contemporânea, afirma que este tipo de arte não tem lugar nas suas exposições por ser "o chocar pelo chocar, o murro no olho, e arte baseada na provocação".
Sem esclarecer se o público sabia que o cão estava a ser deliberadamente deixado morrer por inanição, Guillermo Vargas disse pretender chamar a atenção para a hipocrisia das pessoas.
"O animal transformou-se em centro das atenções por estar num local onde as pessoas querem ver arte, mas ninguém ligaria se ele estivesse a morrer de fome nas ruas. Ninguém libertou o cão, ou lhe deu de comer, ou chamou a polícia. Ninguém fez nada", disse ao jornal “Nácion”.
Maria do Céu Sampaio rejeita a ideia de Vargas estar a actuar em defesa dos direitos dos animais, considerando-o "um medíocre, que não é nenhum artista, e quis chamar a atenção para si", promovendo-se à custa do sofrimento de um animal.
Guillermo Vargas foi seleccionado para representar o seu país, a Costa Rica, na bienal de arte centro-americana de 2008, a realizar nas Honduras.
A decisão suscitou fortes reacções e deu lugar a uma petição na Internet, com mais de 92 mil assinaturas, a exigir que Vargas não seja aceite na exposição."
Pode aceder à petição em:
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
(Luís Costa Ribas)
Sem água e sem alimentos, o cão morreu, na exposição, à vista de toda a gente. Maria do Céu Sampaio, presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal está indignada. Afirma que "isto não é arte, mas é única e simplesmente tortura num animal que não se pode defender".
O cão morreu de fome à vista da frase "tu és aquilo que lês"... escrita com biscoitos para cão na parede da galeria de arte.
Isabel Carlos, curadora de exposições de arte contemporânea, afirma que este tipo de arte não tem lugar nas suas exposições por ser "o chocar pelo chocar, o murro no olho, e arte baseada na provocação".
Sem esclarecer se o público sabia que o cão estava a ser deliberadamente deixado morrer por inanição, Guillermo Vargas disse pretender chamar a atenção para a hipocrisia das pessoas.
"O animal transformou-se em centro das atenções por estar num local onde as pessoas querem ver arte, mas ninguém ligaria se ele estivesse a morrer de fome nas ruas. Ninguém libertou o cão, ou lhe deu de comer, ou chamou a polícia. Ninguém fez nada", disse ao jornal “Nácion”.
Maria do Céu Sampaio rejeita a ideia de Vargas estar a actuar em defesa dos direitos dos animais, considerando-o "um medíocre, que não é nenhum artista, e quis chamar a atenção para si", promovendo-se à custa do sofrimento de um animal.
Guillermo Vargas foi seleccionado para representar o seu país, a Costa Rica, na bienal de arte centro-americana de 2008, a realizar nas Honduras.
A decisão suscitou fortes reacções e deu lugar a uma petição na Internet, com mais de 92 mil assinaturas, a exigir que Vargas não seja aceite na exposição."
Pode aceder à petição em:
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
(Luís Costa Ribas)
10 comentários:
Acho o seguinte:
Agora é a comoção generalizada, subretudo no sítio onde tudo se passou, mas pq é q ninguem lá foi alimentar e descedentar o dito animal ou quebrar as cordas, ou o q fosse que o prendia ali, já que não queriam ou não podiam fazer a outra coisa???'
Isto é uma interpelação subretudo a todos nós, que passamos na vida sem " dar o corpo pela alma " como dizia o outro
Julgo que a seguinte máxima constitui mm um provérbio Arabe: " não adianta amaldiçoar a escuridão, é preciso acender a luz "
Fala quem já o praticou.
Como escrevi no post, tal interpelação devia ter sido feita à custa da vida do suposto "artista" e não de um animal indefeso.
O autor de tal acto repugnante e cobarde apenas pretendeu publicidade para si mesmo.
Não é comoção, é revolta, David.
Acho curioso usares da mesma argumentação que o "artista" usou para justificar tal acto repugnante.
Quanto ao público da exposição, não adivinharia, concerteza, o intuito pérfido do porto-riquenho. Ninguém pode afirmar que libertaria o animal ou lhe daria de comer, se tivesse assistido à exposição, isso seria hipócrita.
Tal como é hipocrisisa, cinismo e cobardia, atirar com as culpas para cima do público da exposição, quando os responsáveis são bem definidos: o pseudo-artista, e os responsáveis pelo evento que permitiram tal acontecimento.
Interpelações destas, todos nós dispensamos!
Até parece que esse Vargas descobriu a pólvora!
Não é preciso esse sujeito vir mostrar-nos algo que nós, indivíduos desta sociedade contemporânea, conhecemos bem.
De facto, ele não deu o corpo pela alma, mas deu a vida de um animal pela fama.
A falta de humildade tem destas coisas.
É mais um medíocre sem escrúpulos!
Achas que ele escolheu um cão com as características desse (doente, subnutrido, indefeso, pacífico) por questões estéticas?
E porque não escolheu um sem abrigo, um ser humano não encaixava em pleno na sua mensagem de hipocrisia social?!
É o mais hipócrita de todos eles.
E depois colocava na parede uma série de hamburgers suculentos, aos quais o sujeito não pudesse chegar.
Talvez fosse mais complicado manter um ser humano preso sem comer e sem beber, de forma pacífica e indefesa, como esteve o cão, não?
Não me lixem...
Acropolis,
Acompanho a tua revolta ( e aliás não me referia pessoalmente a ti qd felei de comoção )mas agora já não há nada a fazer
Todos perdemos uma oportunidade de afirmar a ética, pela passividade, aproximámo-nos mais um passo da barbárie e da selva
Principalmente hoje é preciso denunciar e castigar estas situações que tem a função pedagógica de nos lembrar o que pode acontecer se nada fizermos para o evitar. Mas é só ai que eu me aproximo da argumentação do pseudo-artista
Mas de modo nenhum apoio o tal sujeito, aliás há coisas q eu não vejo, a´s quais não dou " share ", por exemplo aos videos e fotos desse evento, aos videos da PETA, onde mostram como esfolar aniamis, ao video do enforcamento do Saddam...
Nem tudo merece o nosso tempo
E garanto-te que se as pessoas não fossem lá ver aquilo podia ter acabado sem a morte do animal
( até pq ninguem se mete em nada, hoje em dia, para ter prejuizo )
E qt á fama,...bem....Mugabe tb é famoso, Hitler e até o Bin e depois ? a fama está acima da ética ????, vale tudo para a obter ???
Digo-te que este TRISTE espectáculo foi mais repugnante do que qq BDSM ( pelo menos ai é consentido e aqui não o foi nem poderia por razões obvias ...)
Mas as associações protetoras dos animais que cá protestam contra os canis, contra as touradas, contra o circo e pq não foram lá protestar tb contra isto !!!!
E o público tb não está isento de culpas da mm forma q não estaria se visse alguem a ser espancado no comboio ou no metro e nada fizesse para impedir
Parece o outro " primeiro levaram os judeus e eu não falei pq não era judeu, depois levaram os (...) e eu não falei porque não era (...)
Até que por fim vieram levar-me a mim, mas por essa altura já não havia ninguem para falar por mim "
Que é do Daniel Niemoel( que morreu num campo de concentração nazi )
A maior hipocrisia e scinismo está sim:
Em quem recebeu dinheiro para albergar a exposição, teve de saber minimamente de q se tratava, e não rejeitou tal " manifestação artistica "
Está sim nas associações protetoras dos animais que nada fizeram ( por vezes fazem de mais mas aqui nada )
E está em todos os que vendo aquilo e não concordando com tal não protestaram junto do dono do espaço
Caramba, toos falharam por falta de ética e a fama não justifica tudo, volto a repetir
Eu e tu que podiamos ter feito para impedir ?
Mas aquela comunidade podia....
Acropolis,
Acabei de assinar a petição on-line eassim, coerentemente com o que disse aqui, fiz a única coisa que posso
Abraço
Todos viram...e niguém fez nada!!!
Agora que nada se pode fazer todos querem ajudar....paradoxos humanos...
Abraço.
Paulo
* ninguém.
estou chocada!
Então... e agora? Será que as pessoas vão começar a alimentar todos os animais abandonados que encontram pelas ruas? Ou simplesmente vão assinar a petição e continuar a agir como anteriormente...
Vargas matou um cão? E nós? Quantos matamos? Somos tão assassinos quanto ele...
Eu não me sinto assassino por não alimentar todos os animais abandonados pelos quais passo, e seria hipócrita alguém sugerir que deviamos alimentar todos os animais abandonados com os quais nos cruzamos, isso não é humanamente possível (por várias razões) e não há ninguém que o faça, nem as associações, que não têm mãos a medir com todos os animais que já tratam.
Os verdadeiros assassinos são as pessoas que abandonam animais, são as pessoas que fazem comércio massificado dos mesmos sem terem qq tipo de preocupação com os animais.
Alimentar um animal abandonado é o último passo de uma cadeia de acontecimentos que tem início no acto de abandonar um animal.
Ora, para se tratar um problema, de forma efectiva, tem de ser pela raíz.
Depois há o problema dos animais que nascem nas ruas, cujos progenitores já eram vadios, como tal, estes que nascem não foram abandonados, simplesmente já nasceram nas ruas.
Quem lida com animais todos os dias, e faz disso a sua vida, não encontrou nenhuma vantagem para os animais na atitude repugnante desse costa-riquenho, o Vargas.
Não vamos tratar um assunto sério com demagogia barata, que foi o que o Vargas quis fazer, e pelos vistos conseguiu.
Deixou as pessoas a discutir se a culpa é dele, do público da exposição ou da sociedade.
A questão é tão simples:
Morreu um animal indefeso nas instalações de uma exposição, com o consentimento dos responsáveis pelo evento. Devem ser punidos os responsáveis. Ponto final.
Se quiserem responsabilizar o público, identifiquem todas as pessoas que assistiram à exposição e imputem as devidas sanções, por mim, tudo bem.
Mas não é o público que tem a responsabilidade do sucedido, quanto muito foi cúmplice de algo que nem deve ter entendido muito bem.
No passado tirei alguns animais das ruas e de alguns canis, levei-os para casa e consegui arranjar-lhes famílias, posteriormente.
Hoje em dia, isso não acontece por uma série de razões que se prendem com aspectos práticos da vida, da minha, pelo menos.
Basta cada um fazer a sua parte, que até é bem simples.
Se o abandono de animais terminar, é concerteza um passo enorme para acabar com estas situações e para dispensar liminarmente estes "alertas" cínicos de pseudo-artistas como o Vargas.
Não se deixem iludir, amig@s! ;)
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