Verdadeiro, interior, autêntico, emotivo, intenso, dedicado, ecléctico, idealista...
Curioso nato; conhecer, ensinar, aprender e comunicar são expressões espontâneas do meu ser...antes e depois de cada viagem...sei perfeitamente o que quero.
Desde o início da madrugada que o céu ostenta uma lua completa, plena de magia, cheia de brilho, repleta de intensidade...assim era antes de me deitar...
Dormi... e quando acordei, mais cedo que o habitual, espantei-me com a teimosia daquela lua que, de forma magistral, insistia em permanecer reflectindo a sua luz; fora dos seus domínios, desafiando as leis naturais...parecia querer beijar o Sol...
A Lua situava-se bem defronte da minha janela. Não resisti e fui à varanda da cozinha, a céu aberto. Ali me deixei ficar a contemplar aquela espécie de revolta amorosa, aquele desafio dos corpos celestes perante as leis do Universo!
O Sol havia chegado e o céu estava tingido de novas cores, tons de fogo...mas a luz prata mantinha-se: Forte, arriscada, corajosa, devotada... Devoção comovente...
Os seus raios cruzaram-se mutuamente, e ali estavam, Lua & Sol, lado a lado...
A Lua já aqui está novamente, a emoldurar a paisagem que do meu quarto se avista...lá adiante a serra de Sintra e o palácio da Pena...iluminado...
Daqui a umas horas pode ser que tudo se repita...
Boa noite...
...Lado|A|Lado...
Há gente que espera de olhar vazio Na chuva, no frio, encostada ao mundo A quem nada espanta Nenhum gesto, nem raiva ou protesto Nem que o Sol se vá perdendo lá ao fundo
Há restos de amor e de solidão Na pele, no chão, na rua inquieta Os dias são iguais, já sem saudade, nem vontade Aprendendo a não querer mais do que o que resta
A sonhar de olhos abertos, nas paragens dos desertos A esperar de olhos fechados, sem imagens de outros lados A sonhar de olhos abertos, sem viagens e regressos A esperar de olhos fechados, outro dia, lado a lado Há gente nas ruas que adormece Que se esquece enquanto a noite vem É gente que aprendeu que nada urge, nada surge Porque os dias são viagens de ninguém
A sonhar de olhos abertos, nas paragens dos desertos A esperar de olhos fechados, sem imagens de outros lados A sonhar de olhos abertos, sem viagens e regressos A esperar de olhos fechados, outro dia, lado a lado
Aprende-se a calar a dor, a tremura, o rubor O que sobra de paixão Aprende-se a conter o gesto, a raiva, o protesto E há um dia em que a alma nos rebenta nas mãos
A sonhar de olhos abertos, nas paragens dos desertos A esperar de olhos fechados, sem imagens de outros lados A sonhar de olhos abertos, sem viagens e regressos A esperar de olhos fechados, outro dia, lado a lado
3 comentários:
Anónimo
disse...
Andas inspirado!sim senhor!;)... A minha janela não se asomou a lua ladeando o sol, acabado de acordar....ainda assim obrigado... (Em msgs de sol e lua... iluminando o meu telele :))
Curiosamente nos posts de today coincidimos nas mãos :)
Vé é se começas a deitar-te a horas!!! que se não, um dia viras reflexo dos astros :) JB*
3 comentários:
Andas inspirado!sim senhor!;)...
A minha janela não se asomou a lua ladeando o sol, acabado de acordar....ainda assim obrigado...
(Em msgs de sol e lua... iluminando o meu telele :))
Curiosamente nos posts de today coincidimos nas mãos :)
Vé é se começas a deitar-te a horas!!! que se não, um dia viras reflexo dos astros :)
JB*
Adorei ;)
é das letras mais cheias de sentido que já ouvi!
Amo...mesmo!
Obrigada por este momento de reflexão que me obrigaste a fazer!
Bj
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